Tenho nas mãos este pedaço de
liberdade que uso em prol da sanidade, incoerências de uma vida atribulada, num
sobe e desce de ilusão e apatia….
Ilusão porque de malabarismos
conheço já todos os que me ensinaram a sobreviver de saco cheio, bolso vazio,
de comunhão, descomunhão, de palavras e compromissos, de lágrimas, de alegrias,
das ditas e desditas apatias, mãos amarradas em cordas de emoção e laços de
família…
Neste país de confusão meu
coração grita de mágoa pela filha mais velha que quer ir embora, pela mais nova
que iniciou à pouco os primeiros passos de dança, de esperança e confiança no
dia que vai nascer amanhã, um novo amor que não sabe voltar a ser palavra vã….
Do filho a saudade, daquele
abraço que não é dado pela distância… volta, não volta? hoje ou amanhã?
E neste jogo imposto aos dois
lados vai-se perdendo sempre, sempre, mais qualquer coisa….
Levantar, deitar, trabalhar,
amar, levantar, trabalhar, amar, deitar, levantar…. a cadência das horas que não
para, neste relógio, na nossa vida…
E, nesta cadência de dias de sol,
e dias de chuva, e dias de nevoeiro, e outra vez dias de sol, e dias de
nevoeiro, e dias de chuva…. e outra vez os dias, todos os dias, a cadência dos
dias, o desespero de alguns dias, a alegria de outros dias…… o tempo vai
passando e nada se perde mas tudo se transforma….
Bonitas estas palavras. Bjinho
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