quarta-feira, 16 de outubro de 2013

Cadências...



Tenho nas mãos este pedaço de liberdade que uso em prol da sanidade, incoerências de uma vida atribulada, num sobe e desce de ilusão e apatia….
Ilusão porque de malabarismos conheço já todos os que me ensinaram a sobreviver de saco cheio, bolso vazio, de comunhão, descomunhão, de palavras e compromissos, de lágrimas, de alegrias, das ditas e desditas apatias, mãos amarradas em cordas de emoção e laços de família…
Neste país de confusão meu coração grita de mágoa pela filha mais velha que quer ir embora, pela mais nova que iniciou à pouco os primeiros passos de dança, de esperança e confiança no dia que vai nascer amanhã, um novo amor que não sabe voltar a ser palavra vã….
Do filho a saudade, daquele abraço que não é dado pela distância… volta, não volta? hoje ou amanhã?
E neste jogo imposto aos dois lados vai-se perdendo sempre, sempre, mais qualquer coisa….
Levantar, deitar, trabalhar, amar, levantar, trabalhar, amar, deitar, levantar…. a cadência das horas que não para, neste relógio, na nossa vida…
E, nesta cadência de dias de sol, e dias de chuva, e dias de nevoeiro, e outra vez dias de sol, e dias de nevoeiro, e dias de chuva…. e outra vez os dias, todos os dias, a cadência dos dias, o desespero de alguns dias, a alegria de outros dias…… o tempo vai passando e nada se perde mas tudo se transforma….


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