...uma espécie de tributo, ao que foram, ao que são e ao que poderão vir a ser...
domingo, 25 de abril de 2010
quarta-feira, 21 de abril de 2010
"Abri a Porta ao Sol..."
Tremem-me as mãos, doem-me os dedos
sinto no corpo um frio intenso que desconheço
Drogaram-me com palavras, com conversas
injectaram-me nas veias tantas promessas
de salvação da alma, para que mantivesse a calma
Cobriram-me com lenços de cetim e senti dentro de mim
o vómito do progresso
Rodeada pelo reflexo dessa luz intensa, que me enlouquece
desmaio, inconsciente da vida,
amanhece…
Olhos tristes, sem lágrimas, estrada deserta
onde já não sonho, não sorrio e já não tenho frio
percorro o caminho, encontro-te aberta
Memórias ténues de raios de luz
vermelho, paixão, estendes-me a mão
envolves meu corpo coberto de dor
no calor da promessa, chegou o Verão…
sábado, 17 de abril de 2010
Simone Bittencourt de Oliveira - Começar de novo - 1979
Começar de novo
E contar comigo
Vai valer a pena
Ter amanhecido
Ter me rebelado
Ter me debatido
Ter me machucado
Ter sobrevivido
Ter virado a mesa
Ter me conhecido
Ter virado o barco
Ter me socorrido
Começar de novo
E contar comigo
Vai valer a pena
Ter amanhecido
Sem as tuas garras
Sempre tão seguras
Sem o teu fantasma
Sem tua moldura
Sem tuas escoras
Sem o teu domínio
Sem tuas esporas
Sem o teu fascínio
Começar de novo
E contar comigo
Vai valer a pena
Ter amanhecido
Sem as tuas garras
Sempre tão seguras
Sem o teu fantasma
Sem tua moldura
Sem tuas escoras
Sem o teu domínio
Sem tuas esporas
Sem o teu fascínio
Começar de novo
E contar comigo
Vai valer a pena
Já ter te esquecido
sexta-feira, 16 de abril de 2010
Beethoven - Für Elise (fur Elise, piano solo)
(Também)gosto de música clássica...
Um dos meus autores preferidos é Beethoven e esta "bagatela para piano" "Für Elise", que me transmite uma sensação de bem estar, serenidade, remete-me para a reflexão(psicológica),do mundo que me rodeia, da minha vida...
Para quem já conhece e quiser (re)lembrar, e para quem ainda não conhece e quiser conhecer, "deixo aqui" "Für Elise" ("Para Elisa")de Ludwig van Beethoven.
Ainda algumas informações sobre a composição desta peça, que retirei da Wikipédia:
“...Quanto às origens históricas desta bagatela para piano são muito pouco conhecidas. Sabe-se (pelo rascunho encontrado) que Beethoven teria composto esta pequena obra, pelos anos 1808 ou 1810, em honra de uma senhora a quem propôs casamento, chamada Therese Malfatti..."
"...Therese, por achar que Beethoven não seria o seu melhor marido (pois Beethoven era muito autoritário e desorganizado), casou, mais tarde, em 1816, com o barão von Drosdick..."
"...Assim como todas as obras musicais revelam o estado anímico do compositor, também esta bagatela não foge à regra. Revela nostalgia, tristeza, certa alegria, excitação, inquietação, alvoroço, tempestade e, curiosamente, quando termina parece dar-nos a entender que Beethoven quer exprimir mais qualquer coisa e que, propositadamente, não quer expressar..."
"...dando a ideia de depressão, angústia, pesar e conformidade com a dor. Será que Beethoven queria manifestar com isso a sua dor da não correspondência amorosa da parte de Therese? É possível. Apesar de tudo é uma peça predominantemente emotiva, sentimental e muito bonita, fazendo as delícias de qualquer romântico.."
Lonely looking sky
À memória desta história de "Fernão Capelo Gaivota", que continua bem viva na minha memória (passo o pleonasmo)...
O livro, li-o várias vezes, foi-me oferecido por uma grande amiga (Patrícia), infelizmente emprestei-o e nunca mo devolveram, o filme fui vê-lo, ao antigo cinema do Apolo 70, já lá vão alguns anos, com alguém que já não está entre nós ("Lola")...
Resta-me o LP em vínil e o CD...
Esta é uma das minhas músicas preferidas:
Lonely lookin sky
lonely sky, lonely looking sky
and bein' lonely
makes you wonder why
makes you wonder why
lonely looking sky
lonely looking sky
lonely looking sky
Lonely looking night
lonely night, lonely looking night
and bein' lonely
never made it right
never made it right
lonely looking night
lonely looking night
lonely looking night
Sleep we sleep
for we may dream
while we may
dream we dream
for we may wake
one more day
one more day
Glory looking day
glory day, glory looking day
and all it's glory
told a simple way
behold it if you may
glory looking day
glory looking day
lonely looking sky
domingo, 11 de abril de 2010
Primavera
Como uma gaivota de asas abertas
voando nos céus por cima das águas
a fome avançando as bocas despertas
pelos cheiros do peixe nas ruas desertas
eu vou conquistando novas amizades
esquecendo tristezas de outros passados
desbravando a tempo todas as verdades
vou correndo fugindo para outro lado
e nessas conquistas nesses sentimentos
nesse renascer chega a Primavera...
Como uma gaivota de asas abertas
parto, à conquista dessas descobertas...
sábado, 10 de abril de 2010
Na sombra dos meus passos
Tenho a boca vazia de palavras
há muito deixei de ver
para sobreviver na vida…
Caminho na sombra dos meus passos
rastos de pés sulcados na areia
estão gastos, ando perdida…
Rasgo as ondas com o corpo
azul e mar e maresia
espuma branca, lua colorida
perdi o tempo
e esqueço esse momento
esgotada no prazer
tentando esconder a euforia…
Carcereira dos meus passos
olho essa praia deserta
e sinto, sei que estou certa…
Transparente a alma nunca mente,
mostra sempre aquilo que sente…
Ericeira
Hoje apeteceu-me ir "arejar" as ideias...
Escolhi ir passear até à Ericeira, adoro a Ericeira... O dia estava espectacular e apanhar ar, sol, passear descalça na areia da praia, sentir o mar, é uma espécie de "remédio santo" para todos os males, pelo menos para os meus...
Não fui sózinha... a Maria (a minha filhota mais nova), foi comigo. Aproveitamos para tirar umas fotografias, conversar e brincar... brincar muito... na água... na areia... com as palavras... simplesmente brincar... Há muito que não estavamos assim as duas sózinhas, com todo o tempo do mundo só para nós... e é tão importante para uma filhota adolescente poder assim "curtir" com a mãe...
Eu... eu realmente regressei a casa com a "alma nova"... A minha filhota chegou cansada, mito cansada, habituada que está a não andar senão de carro (os tempos mudaram...), mas com um ar feliz...
Fica o registo fotográfico deste dia para "memória futura"...
To be or not to be...
Pois é, tenho andado por aí a "vasculhar" os meus livros (alguns deles..), e a (re)ler alguns capítulos, direi mesmo a tentar "achar-me", não que me encontre assim tão "perdida", mas "perdida" um pouco... O facto de tomarmos decisões importantes na vida, faz-nos reflectir em tudo... Foi numa dessas leituras que "encontrei" este excerto que achei significativo...
"...
As pessoas mais felizes são aquelas para quem é mais fácil classificar como positivo um acontecimento próprio. O mais curioso é que,por vezes, dedicamos toda a nossa energia a aceitar as outras pessoas, a adaptarmo-nos às circunstâncias dos outros, mas não somos capazes de aplicar a receita a nós próprios. Esquecemo-nos de que não pode haver uma aceitação real do mundo que nos rodeia se não partirmos da aceitação autêntica do nosso.
Embora seja sempre preferível fazer as coisas acertadamente, não existe nenhuma lei que diga que há que ser excelente em tudo. A autocrítica constante destrói a auto-estima e absorve a vitalidade. cada um tem de tentar fazer o seu trabalho, educar os filhos (se os tiver) ou conviver com o seu companheiro da melhor forma possível, mas o facto de te enganares numa coisa ou de não fazeres tudo o que poderias não te transforma em incompetente, mas sim num ser humano. E se alguém te julgar mal por isso, o melhor que tens a fazer é afastá-lo da tua vida. Aceita os teus limites e defende-os e não esqueças que nem sempre podes, nem deves, agradar aos outros. Não te empenhes em esgotar-te fazendo tudo para demonstrar aos demias o que vales, entre outras coisas porque, como já bem sabes mas te custa tanto admitir, no fundo não só não te agradecem, como, além disso, os angustias.
Deveríamos aprender a observar-nos desapaixonadamente, honestamente, para nos aceitarmos tal como somos, com as nossas próprias feridas, erros e limitações. E, a partir desse princípio, aplicar aos outros, como por exemplo:
- Aprendermos com os erros e não nos castigarmos por eles. Não tomarmos a questão pessoal não termos atingido uma meta. Lembrar a cada dia, a cada minuto, que a pessoa não é o que faz, mas sim o que é.
- Evitarmos as comparações com outras pessoas e assumirmos que cada um tem as suas limitações e circunstâncias próprias, únicas.
- Termos muito claros os referentes pessoais e aferrarmo-nos a eles. Uma vez mais, não esquecer que és quem és e não o que fazes. efinires claramente o eu com que te identificas e as coisas que te fazem sentir o prazer de seres tu mesmo/a. Seleccionares os teus próprios gostos e objectivos. Não fazeres tuas as exigências ou as ambições da moda, da televisão ou do sistema.
- Gozar mais com o processo do que com os resultados. Sobretudo porque são, na maior parte das vezes, subjectivos.
O êxito de uns pode ser o fracasso para outros...."
"...
As pessoas mais felizes são aquelas para quem é mais fácil classificar como positivo um acontecimento próprio. O mais curioso é que,por vezes, dedicamos toda a nossa energia a aceitar as outras pessoas, a adaptarmo-nos às circunstâncias dos outros, mas não somos capazes de aplicar a receita a nós próprios. Esquecemo-nos de que não pode haver uma aceitação real do mundo que nos rodeia se não partirmos da aceitação autêntica do nosso.
Embora seja sempre preferível fazer as coisas acertadamente, não existe nenhuma lei que diga que há que ser excelente em tudo. A autocrítica constante destrói a auto-estima e absorve a vitalidade. cada um tem de tentar fazer o seu trabalho, educar os filhos (se os tiver) ou conviver com o seu companheiro da melhor forma possível, mas o facto de te enganares numa coisa ou de não fazeres tudo o que poderias não te transforma em incompetente, mas sim num ser humano. E se alguém te julgar mal por isso, o melhor que tens a fazer é afastá-lo da tua vida. Aceita os teus limites e defende-os e não esqueças que nem sempre podes, nem deves, agradar aos outros. Não te empenhes em esgotar-te fazendo tudo para demonstrar aos demias o que vales, entre outras coisas porque, como já bem sabes mas te custa tanto admitir, no fundo não só não te agradecem, como, além disso, os angustias.
Deveríamos aprender a observar-nos desapaixonadamente, honestamente, para nos aceitarmos tal como somos, com as nossas próprias feridas, erros e limitações. E, a partir desse princípio, aplicar aos outros, como por exemplo:
- Aprendermos com os erros e não nos castigarmos por eles. Não tomarmos a questão pessoal não termos atingido uma meta. Lembrar a cada dia, a cada minuto, que a pessoa não é o que faz, mas sim o que é.
- Evitarmos as comparações com outras pessoas e assumirmos que cada um tem as suas limitações e circunstâncias próprias, únicas.
- Termos muito claros os referentes pessoais e aferrarmo-nos a eles. Uma vez mais, não esquecer que és quem és e não o que fazes. efinires claramente o eu com que te identificas e as coisas que te fazem sentir o prazer de seres tu mesmo/a. Seleccionares os teus próprios gostos e objectivos. Não fazeres tuas as exigências ou as ambições da moda, da televisão ou do sistema.
- Gozar mais com o processo do que com os resultados. Sobretudo porque são, na maior parte das vezes, subjectivos.
O êxito de uns pode ser o fracasso para outros...."
Etiquetas:
"Já não sofro por amor",
in Lúcia Etxebarría
sexta-feira, 9 de abril de 2010
A peça do puzzle
Muitas vezes não sabemos exactamente como medir o alcance das nossas opções ou avaliar as nossas escolhas. Não sabemos se estamos a fazer bem ou a fazer mal porque os sinais que recebemos são contraditórios e confundem-nos. Tudo, afinal, pode ser interpretado de uma maneira positiva ou negativa e é isso que não ajuda a ter lucidez.
Numa longa conversa que tive recentemente com um grande amigo falávamos sobre a questão de saber ler os sinais que nos chegam das mais variadas formas e divagávamos sobre a nossa incapacidade de, às vezes, os interpretar e perceber se estamos a fazer a opção certa ou errada.
Felizmenete nem sempre os sinais são equívocos e, na maior parte do tempo, basta-nos ouvir a consciência e dosear algum bom-senso para ter a certeza de que estamos a agir correctamente.
Acontece que nas alturas mais difícieis ou angustiantes, nas grandes escolhas que somos obrigados a fazer ao longo da vida, é frequente sentirmos algum desnorte e uma necessidade mais profunda de avaliar se estamos a fazer certo ou errado. Nestas alturas há que saber identificar os ditos sinais e avançar com mais prudência.
Estar atento à nossa própria evolução, àquilo que sentimos ou deixamos de sentir em função das nossas opções significa uma aposta permanente no conhecimento de si próprio e é uma forma mais segura de percorrer caminho. Não chega, no entanto, para aferir sobre a validade de todas as escolhas que fazemos e, muitas vezes, têm um alcance que ultrapassa o nosso horizonte imediato.
Confrontado com o desfazamento comum entre o que escolhemos, aqui e agora, e os efeitos retardadores das nossas escolhas, este meu amigo disse uma frase eloquente e tão preciosa que a guardei como um tesouro.
"Gosto de pensar que tudo se passa como num puzzle em que a peça ceta encaixa sem dobrar nem forçar."
A imagem da peça do puzzle a encaixar sem fazer fricção, sem rasgar. sem ferir e sem magoar os cantos é uma imagem feliz. Perfeita para nos ajudar a avaliar a forma como as coisas encaixam na nossa vida.
Claro que não está na nossa mão encaixar todas as peças e muitas fazem-nos sofrer ou vergar um bocado, mas é bom reter esta imagem para os momentos em que está nas nossas mãos decidir. Sentir que a escolha que fazemos nos deixa mais confortáveis, mais alinhados com a nossa verdadeira natureza e mais em paz é como sentir a peça do puzzle a encaixar. Mesmo que haja mágoa ou não se trate de uma escolha fácil. O sinal mais evidente será sempre como a escolha nos assenta e as peças encaixam umas nas outras.
Numa longa conversa que tive recentemente com um grande amigo falávamos sobre a questão de saber ler os sinais que nos chegam das mais variadas formas e divagávamos sobre a nossa incapacidade de, às vezes, os interpretar e perceber se estamos a fazer a opção certa ou errada.
Felizmenete nem sempre os sinais são equívocos e, na maior parte do tempo, basta-nos ouvir a consciência e dosear algum bom-senso para ter a certeza de que estamos a agir correctamente.
Acontece que nas alturas mais difícieis ou angustiantes, nas grandes escolhas que somos obrigados a fazer ao longo da vida, é frequente sentirmos algum desnorte e uma necessidade mais profunda de avaliar se estamos a fazer certo ou errado. Nestas alturas há que saber identificar os ditos sinais e avançar com mais prudência.
Estar atento à nossa própria evolução, àquilo que sentimos ou deixamos de sentir em função das nossas opções significa uma aposta permanente no conhecimento de si próprio e é uma forma mais segura de percorrer caminho. Não chega, no entanto, para aferir sobre a validade de todas as escolhas que fazemos e, muitas vezes, têm um alcance que ultrapassa o nosso horizonte imediato.
Confrontado com o desfazamento comum entre o que escolhemos, aqui e agora, e os efeitos retardadores das nossas escolhas, este meu amigo disse uma frase eloquente e tão preciosa que a guardei como um tesouro.
"Gosto de pensar que tudo se passa como num puzzle em que a peça ceta encaixa sem dobrar nem forçar."
A imagem da peça do puzzle a encaixar sem fazer fricção, sem rasgar. sem ferir e sem magoar os cantos é uma imagem feliz. Perfeita para nos ajudar a avaliar a forma como as coisas encaixam na nossa vida.
Claro que não está na nossa mão encaixar todas as peças e muitas fazem-nos sofrer ou vergar um bocado, mas é bom reter esta imagem para os momentos em que está nas nossas mãos decidir. Sentir que a escolha que fazemos nos deixa mais confortáveis, mais alinhados com a nossa verdadeira natureza e mais em paz é como sentir a peça do puzzle a encaixar. Mesmo que haja mágoa ou não se trate de uma escolha fácil. O sinal mais evidente será sempre como a escolha nos assenta e as peças encaixam umas nas outras.
Etiquetas:
in "XIS ideias para pensar",
Laurinda Alves
Sentir-te...
Sentir-te assim no meu abraço
sentir-te em liberdade, ao vento
neste preciso momento poder parar o tempo
por um momento em mim
e amar-te nesse abraço
sentir-te no teu cansaço
poder sorrir p'ra ti...
E não importa que seja assim
não me importa que não estejas mais aqui
perto de mim
porque ainda sinto o teu sabor
nos meus lábios, na minha boca
Não! afinal eu não estou louca
sinto o teu desejo em mim...
quarta-feira, 7 de abril de 2010
Mudar de vida...
É sempre difícil tomar decisões que ponham em causa os hábitos e as rotinas há muito adquiridos, especialmente quando temos medo dum futuro que desconhecemos de todo, por isso muitas vezes (a maior parte das vezes) nos acomodamos à rotina, por muito incomodativa, por muito que nos doa, por muito que nos magoe, adoptamos a solução mais fácil, viver um dia de cada vez, simplesmente porque é preferível viver do que não viver de todo...
E o tempo vai passando, por vezes vão-se passando os anos, e, o desgaste causado pela tentativa de negação da realidade que conhecemos torna-se tão íntimo que não nos permite descortinar que há um mundo lá fora à espera de nós...
Mas um dia, porque mais cedo ou mais tarde há sempre um dia, acordamos, abrimos a janela, olhamos e vemos que afinal há sol, há calor, o céu está azul e descobrimos um outro lado da vida, e aí coloca-se-nos uma outra questão, o medo...
Como fazer? Como reaprender a caminhar? Como é seguir em frente? Serei capaz?
(Serei capaz?)
A contradição entre o querer fazer, o querer sentir, o querer viver e o medo de seguir em frente, o medo do desconhecido, faz-nos sentir perdidos, cambalear, ter dúvidas... porque de facto o medo existe, está lá, lado a lado com a vontade de seguir em frente, de cortar com a passado... o medo, sempre o medo, que de repente se torna tanto no nosso melhor amigo como no nosso pior inimigo...
O primeiro passo é dado no momento da tomada definitiva de consciência de que algo terá que mudar, mudar definitivamente, mudar....
O segundo passo é dado no momento em que dizemos não, não queremos mais, definitivamente não queremos mais...
A luta, essa inicia-se no momento da tomada a decisão, na consciência de que não vai ser fácil mas, que o primeiro passo está dado, há que seguir em frente...
A importância de não nos sentirmos sós, dá-nos a força necessária, dá-noa a coragem de não desistir...
E o tempo vai passando, por vezes vão-se passando os anos, e, o desgaste causado pela tentativa de negação da realidade que conhecemos torna-se tão íntimo que não nos permite descortinar que há um mundo lá fora à espera de nós...
Mas um dia, porque mais cedo ou mais tarde há sempre um dia, acordamos, abrimos a janela, olhamos e vemos que afinal há sol, há calor, o céu está azul e descobrimos um outro lado da vida, e aí coloca-se-nos uma outra questão, o medo...
Como fazer? Como reaprender a caminhar? Como é seguir em frente? Serei capaz?
(Serei capaz?)
A contradição entre o querer fazer, o querer sentir, o querer viver e o medo de seguir em frente, o medo do desconhecido, faz-nos sentir perdidos, cambalear, ter dúvidas... porque de facto o medo existe, está lá, lado a lado com a vontade de seguir em frente, de cortar com a passado... o medo, sempre o medo, que de repente se torna tanto no nosso melhor amigo como no nosso pior inimigo...
O primeiro passo é dado no momento da tomada definitiva de consciência de que algo terá que mudar, mudar definitivamente, mudar....
O segundo passo é dado no momento em que dizemos não, não queremos mais, definitivamente não queremos mais...
A luta, essa inicia-se no momento da tomada a decisão, na consciência de que não vai ser fácil mas, que o primeiro passo está dado, há que seguir em frente...
A importância de não nos sentirmos sós, dá-nos a força necessária, dá-noa a coragem de não desistir...
quinta-feira, 1 de abril de 2010
"Não sei porque sei"
Contornei minuciosamente
com um lápis de carvão, transparente,
que me emprestou sentido à vida
uma forma desconhecida
e colori com mil pincéis
o relevo de uma ilustração
desse livro imaginário
onde aprendi a ler e a sorrir...
Desviei com as mãos
tantas letras de frases obsoletas
que me perdi no caminho do conhecer...
Tentei decorar e não esquecer
mas, tantas vezes me perdi,
tantas vezes cometi esse pecado
de não ficar saciado,
que hoje já não sei
porque sei o que aprendi.
com um lápis de carvão, transparente,
que me emprestou sentido à vida
uma forma desconhecida
e colori com mil pincéis
o relevo de uma ilustração
desse livro imaginário
onde aprendi a ler e a sorrir...
Desviei com as mãos
tantas letras de frases obsoletas
que me perdi no caminho do conhecer...
Tentei decorar e não esquecer
mas, tantas vezes me perdi,
tantas vezes cometi esse pecado
de não ficar saciado,
que hoje já não sei
porque sei o que aprendi.
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