quinta-feira, 1 de abril de 2010

"Não sei porque sei"

Contornei minuciosamente
com um lápis de carvão, transparente,
que me emprestou sentido à vida
uma forma desconhecida
e colori com mil pincéis
o relevo de uma ilustração
desse livro imaginário
onde aprendi a ler e a sorrir...
Desviei com as mãos
tantas letras de frases obsoletas
que me perdi no caminho do conhecer...
Tentei decorar e não esquecer
mas, tantas vezes me perdi,
tantas vezes cometi esse pecado
de não ficar saciado,
que hoje já não sei
porque sei o que aprendi.

3 comentários:

  1. Profundo e sentido. Mui bien, Ana. Está muito bem estruturado este teu espaço de eleição onde podes soltar toda a tua veia artistica.
    Besos

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  2. Arlindo, acredito realmente que este espaço me dê algum espaço para "libertar" sentimentos expressos por palavras que possam ser partilhados... Obrigada por seres uma dessas pessoas, beijos @

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  3. Um bonito poema. Li tudo o que escreveste. E entre tanto desejo de seres feliz encontrei tanta desilusão. Mas recompõe-te Linda. Nunca percas a esperança. A felicidade não nos é dada, é conquistada.
    Escreves muito bem e sinto-me privilegiado por ler o que escreves.
    Um beijo deste teu AMIGO

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