Muitas vezes não sabemos exactamente como medir o alcance das nossas opções ou avaliar as nossas escolhas. Não sabemos se estamos a fazer bem ou a fazer mal porque os sinais que recebemos são contraditórios e confundem-nos. Tudo, afinal, pode ser interpretado de uma maneira positiva ou negativa e é isso que não ajuda a ter lucidez.
Numa longa conversa que tive recentemente com um grande amigo falávamos sobre a questão de saber ler os sinais que nos chegam das mais variadas formas e divagávamos sobre a nossa incapacidade de, às vezes, os interpretar e perceber se estamos a fazer a opção certa ou errada.
Felizmenete nem sempre os sinais são equívocos e, na maior parte do tempo, basta-nos ouvir a consciência e dosear algum bom-senso para ter a certeza de que estamos a agir correctamente.
Acontece que nas alturas mais difícieis ou angustiantes, nas grandes escolhas que somos obrigados a fazer ao longo da vida, é frequente sentirmos algum desnorte e uma necessidade mais profunda de avaliar se estamos a fazer certo ou errado. Nestas alturas há que saber identificar os ditos sinais e avançar com mais prudência.
Estar atento à nossa própria evolução, àquilo que sentimos ou deixamos de sentir em função das nossas opções significa uma aposta permanente no conhecimento de si próprio e é uma forma mais segura de percorrer caminho. Não chega, no entanto, para aferir sobre a validade de todas as escolhas que fazemos e, muitas vezes, têm um alcance que ultrapassa o nosso horizonte imediato.
Confrontado com o desfazamento comum entre o que escolhemos, aqui e agora, e os efeitos retardadores das nossas escolhas, este meu amigo disse uma frase eloquente e tão preciosa que a guardei como um tesouro.
"Gosto de pensar que tudo se passa como num puzzle em que a peça ceta encaixa sem dobrar nem forçar."
A imagem da peça do puzzle a encaixar sem fazer fricção, sem rasgar. sem ferir e sem magoar os cantos é uma imagem feliz. Perfeita para nos ajudar a avaliar a forma como as coisas encaixam na nossa vida.
Claro que não está na nossa mão encaixar todas as peças e muitas fazem-nos sofrer ou vergar um bocado, mas é bom reter esta imagem para os momentos em que está nas nossas mãos decidir. Sentir que a escolha que fazemos nos deixa mais confortáveis, mais alinhados com a nossa verdadeira natureza e mais em paz é como sentir a peça do puzzle a encaixar. Mesmo que haja mágoa ou não se trate de uma escolha fácil. O sinal mais evidente será sempre como a escolha nos assenta e as peças encaixam umas nas outras.
Coerente e precisa. Para além da figuração da "peça do puzzle", gosto (eu) de ilustrar as vivências/círculos de amizades como circulos.
ResponderEliminarCada pessoa terá o circulo principal em que tudo/todos giram, ou não em seu redor.as nossas melhores amizades, os nossos seres amados estão bem junto do centro. as amizades mais, direi voluveis, mas não necessáriamente isso, chamemos os nossos "bons conhecidos", estarão algo mais juntodo exterior do mesmo. Vã-se formando os circulos. Se criássemos gráficos veriamos circulos d etodos os tamanhos e bem dispersos por toda a página.
Temos de ter em atençãoqie todos esses circulos são móveis, que podem sair ou ter de sair do nosso circulo de amizades. As razões serão diversas. Beijos Ana. Fiz uma tese como resposta. Ando a apanhar o vicio de fazer "lençóis".
Gostei da tese... apesar de ter um pouco de "alergia" aos círculos... O vício dos "lençóis" até que é um vívio inócuo e grato para quem lê. Obrigada pelo comentário. Beijinhos @
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